sábado, 16 de abril de 2011

Vida de Antônio Frederico Ozanam

Vida de Ozanam
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o dia 23 de abril de 1813, nascia Antônio Frederico Ozanam, filho de João Antônio Ozanam e Maria Nantas.
Ozanam era um menino franzino e doente, por isso vivia sob os cuidados de sua mãe e irmã Elisa. Apesar de franzino Frederico demonstrava inteligência viva, acompanhando com atenção os estudos dos irmãos mais velhos. Aos nove anos entrou para o Colégio Real de Lião, ali despertou sua vocação literária. Enquanto isso Maria Nantas dava aos filhos sólida formação cristã.
No colégio Frederico despertava entre seus mestres a maior admiração, destiguindo-se pela facilidade com que aprendia as lições. Aos treze anos escrevia verso, tanto em francês quanto em latim, muitas dessas composições eram sobre os mistérios da vida de Jesus e louvor à Virgem Santíssima.
Aos dezesseis anos Ozanam concluiu seus estudos secundários; seu pai tinha a idéia de vê-lo seguir a magistratura. Embora não gostando da idéia, pois sua vocação era literatura, submeteu-se ele aos desígnios paternos.
Em meados de 1831, ele inicia o curso de Direito, apesar de não ser essa a sua vontade Ozanam dedicou inteiramente aos estudos, participava das Conferências e debates entre advogados. Foi durante esse período que Ozanam por causa da religião foi diversas vezes perseguido e provocado, pois uma nova religião chegava à França era o “ Novo Cristianismo” que deturpava o Catolicismo.
Na escola de Direito Ozanam conheceu outros católicos que compartilhavam das suas idéias e não concordavam com as provocações  de professores e colegas contra a Igreja.  Eram eles: Lallier e Lamache. Mais depois conheceu Bailly e Le Taillandier na Sociedade dos Bons Estudos.
A Sociedade dos Bons Estudos, posteriormente passou a se chamar “Conferências de Histórias” que reunia diversas pessoas como visões diferentes. Foi em uma dessas reuniões que um estudante declarou: “ Vocês têm razão se ficarem no passado, quando o Cristianismo fez prodígios. Mas hoje ele está morto! E vocês que se gabam do seu catolicismo, que fazem agora? Cadê suas obras, as obras que provam sua fé e que nos poderiam convencer?  As palavras do colega atingiram o coração de Ozanam, obrigando-o a concordar com ele, Ozanam refletiu e viu que era necessário imitar a Cristo e concluiu: “ Vamos aos Pobres”.
Ozanam, Lamache e Bailly preferiram uma caridade manual. Bailly grande devoto de São Vicente de Paulo se dispôs a colaborar na organização de uma sociedade para amparar famílias necessitadas.
Deram à organização o nome de Conferência de Caridade, depois se juntaram a eles Devaux e Clave. Assentados os fundamentos, realizou-se a primeira sessão, presidida por Bailly, provavelmente a 23 de Abril de 1833, após invocação ao Espírito Santo e leitura piedosa. Adotou-se então como obra fundamental a visita às famílias pobres nos domicílios, não devendo os socorros ser dado em dinheiro. Estabeleceram-se sessões semanais, contribuindo cada membro com o que pudesse, sem que um soubesse a quantia dada pelo outro e estabeleceram que São Vicente de Paulo fosse o patrono da obra.  Recorreram às filhas de caridade para escolher as famílias que realmente precisavam de auxilio. Escolhida as famílias a socorrer, cada “confrade”, pois foi esse o titulo que se deram, tratou de pôr as mãos às obras. Em uma sessão de 4 de fevereiro de 1834 adotaram o titulo de Sociedade de São Vicente de Paulo e a proteção da Imaculada Conceição.
Ozanam conclui seus estudos em direito e em 1841 casa-se com Amélia e torna-se pai. As conferencias se multiplicaram em toda França. Em 15 de julho de 1848 circulou pela primeira vez o Boletim da Sociedade.
A nefrite que o atacara em 1846, voltara a manifestar-se em 1849. Os sofrimentos aumentavam e ante os sintomas alarmantes da enfermidade, os médicos prescreveram-lhe repouso absoluto.
A morte se avizinhava então Ozanam pediu os últimos sacramentos.
Amanheceu o dia 8 de setembro – Natividade de Nossa Senhora – ele dormia tranquilamente. De repente, abriu os olhos,   como fitando alguém, levantou as mãos e gritou: “Meu Deus, Meu Deus, tende piedade de mim”. Essas foram as suas ultimas palavras.
Aos 40 anos morria Antônio Frederico Ozanam, homem de adoração diária, a comunhão freqüente era o apoio de sua vida espiritual, um dos principais fundadores da Sociedade era o movimento da obra como diziam seus companheiros, valente, incansável e grande defensor da Igreja Católica Apostólica Romana.

Ozanam deixou uma grande herança a SSVP e cabe a cada um de nós cuidar e conserva-la para que viva como ele sempre sonhou.

“Quero formar no mundo uma grande rede de caridade”
Ozanam

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